A banda larga se mantém consolidada no Brasil, passando a ser um item de primeira necessidade – enquanto a TV por assinatura se torna um serviço descartável, seguindo o caminho do telefone fixo. Isso é o que aponta as mais recentes pesquisas divulgadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo a entidade, houve 346 milhões de acessos de telecomunicações em julho de 2022, o que abrange serviços de banda larga, telefonia fixa, linhas móveis e TV paga. Isso corresponde a mais de 700 mil acessos em relação ao mês anterior e a um ganho de aproximadamente 12 milhões em comparação ao final de julho de 2021.
Desses 346 milhões, 260,2 milhões foram em telefonia móvel, 42,8 milhões em banda larga fixa, 27,9 milhões em telefones fixos e 14,9 milhões em TV por assinatura. Com exceção da TV por assinatura, todos os demais serviços registraram crescimento.
Outro dado interessante é que o país finalizou julho com 3,4 milhões de conexões 5G DSS. Vale destacar que a rede 5G DSS não equivale ao 5G, que começou a ser implantado há pouco tempo, mais especificamente no início de julho. Até o momento, a Anatel não publicou dados a respeito das conexões 5G puras.
A fibra óptica já representa dois terços de toda a banda larga fixa do país
De acordo com a Anatel, 66% das conexões de banda larga fixa são baseadas em fibra óptica – o que corresponde a dois terços de toda a banda larga fixa do país –, enquanto 21,5% é baseada em cabo coaxial; 7,7%, em cabo metálico; 4%, em rádio e 0,8%, em satélite.
Uma pesquisa realizada pela Ookla em 2021 registrou que a banda larga fixa estava 70% mais rápida no Brasil devido à fibra óptica. Essa maior adesão tem impactado de forma significativa a qualidade da internet no país.
A qualidade da internet do país tem melhorado nos últimos anos
O histórico de insatisfação dos brasileiros com a qualidade da internet fixa está próximo de levar um ponto final. Como aponta o “Panorama nacional de qualidade da internet em 2022”, publicado pela plataforma Minha Conexão, mais da metade dos estados brasileiros têm acesso à internet de qualidade satisfatória. Para chegar a tal resultado, os pesquisadores tomaram como base a velocidade e a latência da rede.
Além disso, conforme dados da Anatel, as reclamações de usuários de serviços de telecom vêm registrando queda acima de dois dígitos desde o começo de 2021, o que indica que as ações para melhorar a experiência do usuário têm surtido efeito.
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