As variações climáticas já fazem parte do dia a dia de todos. Entre um dia quente e no final uma grande tempestade, as constantes mudanças alertam tanto a população com os meteorologistas.
Entretanto, com temperaturas mudando tão recorrentemente, empresas de serviços essenciais, assim como provedores, enfrentam tanto a queda dos sinais como as reclamações dos usuários.
Afinal, a infraestrutura de internet tem um papel essencial no cotidiano moderno, conectando pessoas e empresas em todos os cantos do mundo.
Com mudanças nas condições ambientais, como o aumento do nível do mar e eventos climáticos mais intensos, muitos provedores de internet estão buscando entender melhor esses riscos e se preparar para eles.
Aqui, exploramos como as mudanças climáticas podem afetar a infraestrutura de internet e como provedores e gestores de risco podem antecipar esses desafios. Boa leitura!
Como as variações climáticas afetam a infraestrutura de internet?
Para muitos provedores de internet, a ameaça das variações climáticas vai além do que se vê nas notícias.
Entretanto, diversos estudos apontam que o aumento das temperaturas globais e a elevação do nível do mar podem impactar diretamente os sistemas de internet, especialmente em áreas costeiras. Cientistas das universidades de Wisconsin-Madison e Oregon preveem que até 2033, mais de 6,5 mil quilômetros de cabos de fibra ótica e 1.100 pontos de troca de tráfego podem ficar submersos apenas nos EUA.
Dessa forma, essa infraestrutura crítica, especialmente em áreas litorâneas, foi projetada com base em padrões climáticos anteriores. Diferente dos cabos submarinos, que são projetados para resistir à água, muitos cabos enterrados em áreas urbanas costeiras não têm essa proteção.
Por isso, o avanço do nível do mar pode danificar essas conexões, interrompendo comunicações e impactando diretamente a qualidade do serviço.
Principais desafios para provedores de internet
Ademais, as variações climáticas trazem desafios que impactam diretamente a infraestrutura de internet, especialmente para provedores que operam em áreas mais vulneráveis. Um dos principais riscos é a elevação do nível do mar, que pode afetar cabos de fibra ótica e centros de dados instalados em áreas costeiras.
Ainda assim, a exposição à água salgada danifica componentes críticos, reduz a vida útil dos equipamentos e aumenta os custos de manutenção. Em muitas cidades litorâneas, a infraestrutura de internet segue traçados de ruas e estradas próximas ao mar, aumentando a vulnerabilidade dessas redes.
Outro desafio surge com o aumento das temperaturas. Por exemplo, em ondas de calor extremo, a infraestrutura precisa de sistemas de resfriamento mais eficientes para evitar o superaquecimento de equipamentos.
Além disso, estruturas metálicas, como as usadas em torres de telecomunicações e linhas férreas, podem sofrer dilatação e deterioração com as temperaturas elevadas, afetando a estabilidade das conexões.
Por fim, os eventos climáticos extremos, como tempestades, tufões e furacões, estão se tornando mais frequentes e intensos. Ventos fortes e chuvas pesadas representam um risco direto para os cabos aéreos e postes, podendo causar danos severos que interrompem o serviço e demandam reparos constantes.
Igualmente, esses desafios exigem que os provedores de internet estejam cada vez mais preparados para adaptar suas operações e proteger a infraestrutura contra as adversidades climáticas.
Estratégias para a gestão de riscos
Com todos os dados e informações que trouxemos antes, é evidente que as variações climáticas representam desafios importantes para a infraestrutura de internet.
A boa notícia é que os provedores podem adotar estratégias para se preparar melhor e reduzir os impactos das mudanças climáticas em suas redes. Confira algumas medidas que podem ser implementadas de forma estratégica e que ajudam a garantir a continuidade do serviço e a resiliência da rede em cenários adversos:
1. Monitoramento e análise de dados climáticos
Primeiramente, investir ao menos num sistema de monitoramento que acompanhe variações climáticas em tempo real pode ajudar os provedores a tomar decisões informadas e antecipar riscos.
O uso de big data e inteligência artificial permite prever com mais precisão a intensidade de eventos climáticos e ajustar a infraestrutura conforme necessário o que inclui identificar áreas de maior risco e planejar reforços para proteger os equipamentos.
2. Diversificação da infraestrutura
Provedores podem minimizar os riscos ao distribuir suas redes e instalações em locais menos vulneráveis a desastres climáticos.
Centros de dados em áreas elevadas, longe das zonas de inundação, e a diversificação de rotas de cabos contribuem para uma rede mais resiliente. Essa abordagem permite que, em caso de falha em uma área, outras partes da rede continuem operando, garantindo mais estabilidade para os usuários.
3. Parcerias estratégicas para investimento na infraestrutura
Para os provedores, é interessante formar parcerias com empresas de tecnologia e setores de infraestrutura para desenvolver soluções mais resistentes às variações climáticas.
Trabalhar em conjunto com empresas de engenharia para fortalecer a proteção contra intempéries, como instalar cabos de fibra ótica com maior resistência à água, e desenvolver métodos de proteção para centros de dados são estratégias eficazes para enfrentar esses desafios.
4. Adaptação de cabos subterrâneos
Outra medida importante é investir em cabos com proteção à prova d’água para áreas suscetíveis à elevação do nível do mar.
Embora a instalação possa ter um investimento inicial significativo, os custos de manutenção e a proteção da rede em longo prazo podem compensar esse gasto. A adaptação da infraestrutura existente para resistir a condições climáticas mais severas também é essencial.
É possível ter um futuro seguro
Por fim, as variações climáticas estão criando desafios cada vez maiores para a infraestrutura de internet, principalmente em áreas costeiras e regiões propensas a eventos climáticos intensos. Para provedores de internet e gestores de risco, a antecipação e mitigação desses impactos se tornam essenciais.
Aliás, a adaptação de cabos, o desenvolvimento de parcerias estratégicas e investimentos em práticas sustentáveis são algumas das ações que podem ajudar a proteger a infraestrutura e manter a continuidade dos serviços, mesmo diante das adversidades climáticas.
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